
Manoel Mota. EBP- AMP. Seção Rio de Janeiro.
Clara Maria Holguin – NEL- AMP
A família é uma solução, cada época inventa seus recursos. O assunto de família é o não familiar.
As conversações e intervenções apresentadas no ENAPOL mostraram a diversidade necessária para se aproximar do “assunto”. As soluções enfrentam o real do gozo do Outro.
A posição do analista, para estar a altura da época, mais do que pronunciar-se contra ou a favor de soluções, deve interpretar o real que o discurso lhe ensina para localizar ali o singular. Tal como demonstra a experiência não se trata só de como a família fala, mas de como se é falado por ela. “Em toda a linguagem familiar, se fala a língua bárbara do gozo”, sendo o sintoma como formação, a sua condição de expressão.
Os ensinamentos dos testemunhos de passe dão conta da desfamiliarização onde o parlêtre é confrontado com o estranho e o bárbaro do gozo próprio, para saber-fazer com ele.
Mais que conclusões, se abrem questões sobre o que ensina a família de hoje. Se pensarmos os assuntos de família como soluções, quer dizer, modos de enodamentos e tratamentos frente ao próprio da loucura de cada um, poderíamos dizer que o assunto de família real – a língua – que é sempre da ordem do não familiar, é a psicose ordinária?