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Infâncias: Para onde o observatório se dirige

Alejandra Koreck. “F98.8”. Colagem feita à mão.EOL- AMP Tânia  Abreu EBP-AMP O título de nosso trabalho faz referência a um profícuo debate que se deu na última reunião entre os observatórios das três Escolas EBP, NEL e EOL ocorrida por ocasião do VIII Enapol, em Buenos Aires. Estimulados por dificuldades relatadas pelos colegas da NEL, que derivaram suas pesquisas para a questão Violências na Infância e na Adolescência e que, nessa linha, obtiveram resultados interessantes - dentre os quais foi mencionado a medicalização na infância e na adolescência como um tipo de violência -  dedicamo-nos a questionar qual tema nos...

lacan21 4 de maio de 2018

Condensado dos pontos principais apresentados pelos observatórios da EBP, NEL e EOL

MónicaBiaggio. “Sem titulo”. Pastel. EOL- AMP Ondina Machado EBP - AMP O trabalho de colegas da NEL constata a presença inegável da violência na vida cotidiana, ressaltando que a violência contra a mulher vem concentrando maior atenção social. Até então, esse Observatório deu especial atenção às mulheres que passam pela experiência de violência no contexto do conflito armado na Colômbia e Guatemala ou nas parcerias amorosas. Observam que as instituições que trabalham com a questão tendem a vitimizar a mulher, reconhecendo, porém, ser esta a maneira pela qual, atualmente, é possível conseguir algum tipo de ajuda social para vítimas do...

lacan21 4 de maio de 2018

A violência e as as mulheres na América Latina

Mónica Biaggio. “Descansando na praia”. EOL- AMP Observatório 1 da FAPOL: Integrantes: Beatriz García-Moreno NEL-Bogotá, María Cristina Giraldo NEL- Medellín, Susana Dicker NEL-Guatemala y Jimena Contreras NEL-Cochabamba. A violência na atualidade tem uma inegável presença no cotidiano, e a praticada contra a mulher é talvez a que concentra maior atenção social. Provavelmente por isso se constituiu um Observatório para refletir e investigar o tema a partir de um olhar e uma escuta diferenciada, como nos possibilita a psicanálise lacaniana. De início concebemos como necessário começar o trabalho sem ter uma posição construída sobre a violência. Assim ao longo de dois...

lacan21 4 de maio de 2018

A violência e as mulheres na América Latina Violência de gênero: uma pesquisa psicanalítica

Mónica Biaggio. “Aire”. Aguada. EOL- AMP OBSERVATÓRIO FAPOL 1 Jorge Chamorro EOL-AMP Ideologia ou lógica: A lógica psicanalítica interroga as categorias gerais presentes na ideologia que subjaz à violência de gênero e que tem suas origens no movimento feminista. Contraponto entre uma lógica que tende à captação da singularidade e à ideologia que ao sustentar-se em categorias gerais, encobre toda singularidade. A legislação orientada por esta ideologia arrasta as mesmas fragilidades, preconceitos e desconhecimentos. Acomoda a problemática no homem e converte a mulher em vítima natural de um delito provocado por ele. A vítima: o preconceito constrói o juízo Este...

lacan21 4 de maio de 2018

Transexualismo e travestismo a partir da perspectiva da psicanálise (1)

Alejandra Koreck. “Para Elena”. Colagem feito à mão. Papel. EOL- AMP Autores: Patricio Álvarez, Alejandra Antuña, Paula Husni, Esteban Klainer, Viviana Mozzi, Débora Nitzcaner EOL-AMP Observatório de Género e Biopolítica da Escola Una Responsáveis: Patricio Álvarez, Alejandra Antuña, Paula Husni, Esteban Klainer, Viviana Mozzi, Débora Nitzcaner EOL-AMP História do gênero e do transgênero O termo gender (gênero) surge em 1955 graças a John Money, psicólogo e médico neozelandês, emigrado dos EUA, especialista em sexologia e pesquisador da identidade sexual. Para ele, o termo “gênero” define o masculino e o feminino a partir do cultural, mais além das diferenças biológicas. Sua...

lacan21 4 de maio de 2018

Rumo a uma cultura toxicômana? O delírio da regra e a ação lacaniana

Gerardo Arenas. “Sem titulo”.Fotografia. EOL- AMP Glória Maron  e Lilany Pacheco EBP- AMP O tratamento legal dispensado às drogas: da guerra às drogas ao ideal da liberalização O consumo de drogas é muito antigo – há relatos do uso de álcool na Grécia, por exemplo, mas foi no final do século XIX que algumas dessas substâncias receberam a denominação “droga” e passaram a ser consideradas prejudiciais ao usuário e um problema para as sociedades. Também no século XIX terá início os movimentos contra a produção, o comércio e o uso de substâncias psicoativas. Nos Estados Unidos a causa levou até...

lacan21 4 de maio de 2018

Observatório: Vamos para uma cultura toxicômana? (1)

Natalia Monserrat. “a-mar no mar. (a) clarear”. Fotografia experimental Elvira Dianno EOL-AMP Acerca das consequências sanitárias da legislação do uso de substâncias 1- Aspectos legais Da compilação dos antecedentes e a atualidade do estatuto legal das drogas na Argentina, assim como da história da proibição do consumo de substâncias no Ocidente e no Oriente, pudemos extrair diferentes conclusões. Enquanto que o consumo de vinho e plantas psicoativas – no marco regulatório dos ritos de iniciação e celebrações báquicas e dionisíacas – na origem de todas as culturas gerou controvérsias, mortes, perseguições, podemos rastrear – a partir das leis que oferece...

lacan21 4 de maio de 2018

Autismo infantil: alterações na função de corporização e efeitos terapêuticos na clínica das patologias graves da subjetivação

Alejandra Koreck. “Sem título”. Colagem feita à mão.EOL- AMP Marita Manzotti, Eugenia Serrano, Daniela Teggi, Melina Caniggia, Virginia Voievdca EOL-AMP Introdução: o contexto A articulação entre “corpo” e “psicologia” no enlaçamento com a vertente epocal proposta como eixo de trabalho para este V Congresso delimita um campo de pesquisa altamente fecundo. E isso não apenas conceitualmente, mas também em uma dimensão mais pragmática, na medida em que é na interseção entre corpo e época que se decide a maioria dos nossos problemas clínicos atuais. No Seminário 20, Jacques Lacan define a cultura como um fato de discurso em íntima relação...

lacan21 4 de maio de 2018

O império do Um: diálogo com educadores a propósito da educação inclusiva. (1)

A.D. “Sem titulo”. Fotografia. Lizbeth Ahumada Yanet NEL-AMP O Um, enquanto cifra, está imerso na história do pensamento. Significa o traço da série, da enumeração, a contabilidade dos elementos que compõem o mundo; incluso, evidentemente, o ser humano. Salto Fundamental no desenvolvimento das ideias e das ciências. A filosofia tem-se consagrado ao seu entendimento há já vários milênios, em inúmeros esforços por encontrar nesse traço unitário o germe da vida em si mesma, o elemento básico da existência, do Ser. Evoco, aqui, o Parmênides de Platão. Do mesmo jeito, toda a política da igualdade imperante desde os tempos clássicos se...

lacan21 4 de maio de 2018

A especificidade do autismo - Observatório de Políticas do Autismo da EBP/FAPOL(1)

M.C.F. Desenho. “CORES”. Elisa Alvarenga EBP - AMP Teoria da clínica O Observatório de Políticas do Autismo da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP) / Federação Americana de Psicanálise da Orientação Lacaniana (FAPOL) elabora este texto como teoria da clínica a partir do caso de um jovem autista de 20 anos, apresentado ao Observatório por Anamaria Vasconcelos. Ele demonstra como a psicanálise de orientação lacaniana recebe e trata uma criança autista, fazendo surgir seus interesses específicos a partir de uma oferta da analista que diz não à imersão no gozo estagnado. Marcos chega aos 3 anos e meio, com seu grande...

lacan21 4 de maio de 2018

Histórico da comissão da garantia AMP-América

Amanda Dupont. “Deixe-o ser”. Acrílico. 100 x100 cm. Elisa Alvarenga EBP- AMP Desde o Ato de Fundação de sua Escola, em 1964, Lacan estava concernido pela garantia do trabalho realizado na Escola. “Desde o início e na totalidade dos casos, uma supervisão qualificada será assegurada ao praticante em formação em nossa Escola” (1). Ela garantirá as supervisões que convierem a cada um, “já que não é de fora que se pode esperar uma exigência de controle que estaria na ordem do dia em todos os outros lugares” (2). Na Proposição de 9 de outubro de 1967, “o AME ou analista...

lacan21 4 de maio de 2018

Brasil 40 graus. Notas sobre os efeitos das mutações dos laços sociais. Degradações.

Imagem obtida no Instagram da autora Marcela Antelo EBP- AMP O mal-estar de estar na cultura persevera através das mutações que afetam os laços sociais. O próprio das mutações é seu caráter irreversível. A industrialização, as guerras, os genocídios, os crimes ambientais, os êxodos, as débâcles financeiras, a tecnologização crescente do corpo e seu habitat, a preponderância do discurso da ciência, a biotecnologia em expansão, a sociedade de consumo, a corrupção das hierarquias governamentais, a violência nas cidades, o narcotráfico, os indignados, as praças ocupadas, a segregação crescente e a solidão irremediável montam um cenário do mundo paratodos. O sujeito...

lacan21 4 de maio de 2018

A ética no século XXI e a gênese do sujeito neoliberal

Alejandra Koreck. “Work in progress”. Colagem feita à mão. EOL- AMP Claudia Henschel de Lima EBP- AMP “Assim, o espírito que se forma amadurece lenta e silenciosamente até sua nova configuração, desintegra fragmento por fragmento o edifício do mundo precedente; o desmantelamento desse mundo é apenas indicado por sintomas esporádicos; a frivolidade e o tédio que invadem o que ainda subsiste, o vago pressentimento de algo desconhecido são sinais de alguma coisa diferente que está em marcha. Esse esmigalhamento contínuo que não alterava a fisionomia do todo é bruscamente interrompido pelo nascer do sol, que num clarão, desenha de uma...

lacan21 4 de maio de 2018

A ética na casa do inimigo

Alejandra Koreck. “Sem título”. Colagem feita à mão. Papel. EOL- AMP Verónica Carbone EOL-AMP A ética da psicanálise tem uma característica que é ao mesmo tempo um enigma: guarda a sua sobrevivência ou a justifica, quando o avanço fenomenal da tecnologia tira o pensamento do sujeito pensante. Quando nós psicanalistas falamos de ética, necessitamos esclarecer imediatamente: “da psicanálise”. Para explicá-la Lacan viu-se na necessidade de navegar remando e caminhando – como Ulisses e Édipo –, sobre e com a Antígona de Sófocles (sem esquecer Eurípides e a mágica máquina divina que restituía o equilíbrio, sem que a tragédia perdesse sua...

lacan21 4 de maio de 2018

Moral ou ética?

Adolfo Ruiz Londoño. Fotografia. NEL-AMP Maria Bernadette Soares de Sant´Ana Pitteri EBP - AMP Diante da tautologia do terceiro excluído impõe-se um questionamento mais apurado. Correm mitos entre e sobre os brasileiros, povo “bonzinho”, sempre dá um “jeitinho” em tudo – dito assim mesmo, no diminutivo. Tais mitos são confirmados em nosso cotidiano? Bonzinhos? Que o digam índios escravizados e dizimados, negros escravizados e segregados no período de formação de nosso povo, que sofrem diuturnos preconceitos, muitas vezes velados, mas sempre danosos. Deixemos de lado as “bondades” (haveria muitas mais), pois quando se trata de burlar a lei ou as...

lacan21 4 de maio de 2018

Éticas no século XXI

Marita Manzotti. “Substância 6”. Fotografia. EOL. AMP. Cristina Martínez de Bocca EOL-AMP Errâncias Quais são as consequências que os seres falantes enfrentam com a maneira que o mundo vive hoje a ausência de relação sexual? Há uma ética no século XXI porque cada época suportou de maneira particular o furo produzido pela língua. Há um “não há”, mas também um “há” e este é o que muda em cada época e incide nos arranjos e desarranjos dos sujeitos em relação ao gozo sintomático. O que Lacan faz quando formula, em 1970, que o objeto a ascendeu ao zênite social (1)?...

lacan21 4 de maio de 2018