A Graciela Allende. – EOL/AMP e Beatriz García Moreno. – NEL/AMP
“…a única vantagem que um psicanalista
tem o direito de tirar de sua posição, …,
é a de lembrar, com Freud, que em sua matéria
o artista sempre o precede…”1
Queridos leitores de Lacan XXI,
O ensino lacaniano nos inspira, e a característica da seleção das manifestações artísticas nos leva a interrogarmos sobre a psicanálise e a arte.
Esperamos que os trabalhos de analistas da Associação Mundial de Psicanálise, ligados à arte, encontrem em Lacan XXI, um lugar, para que os diferentes modos de expressão possam dar-se a conhecer.
O que os psicanalistas podem nos dizer através da arte? Como pensamos que o ato de contemplar a arte leva a uma experiência de gozo e satisfação? Como podemos explicar, nós analistas, que uma pintura, por exemplo, pode levar a uma experiência estética e, ao mesmo tempo, colocar em jogo algo do indizível e do real? Como a experiência artística influencia aquele que a contempla, para que se possa alojar nela mesma, algo de mais próprio?
Numerosos psicanalistas ligados à arte das três escolas da AMP: EOL, EBP e NEL responderam ao chamado e enviaram seus trabalhos plásticos e visuais para serem publicados nesta edição.
Para esta ocasião, as obras escolhidas têm a ver com o tema do amor. As demais obras recebidas foram selecionadas para o acervo e arquivo de Lacan XXI e serão consideradas nas próximas edições da publicação.
Agradecemos e damos as boas vindas a cada uma das obras dos psicanalistas que fazem arte, pois, continuar reconhecendo a arte em seu saber fazer é um dos propósitos de Lacan XXI.
Tradução: Cleyton Andrade