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2017 Volume 2


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EDITORIAL - Lacan 21 2017 - Volume 2

Lisa Erbin. EOL- AMP .Técnica Mixta. Óleo e colagem Rômulo Ferreira da Silva - EBP - AMP Caros leitores! Com muito gosto apresento a vocês o quarto número da REVISTA LACAN XXI! Esse número me alegra de forma especial porque nele vocês poderão encontrar notícias do que ocorreu em Buenos Aires há pouco mais de um mês, e também, textos que nos preparam para o XI Congresso da AMP, que ocorrerá em abril de 2018, em Barcelona. Começamos com um texto de Anna Aromí e Xavier Esqué. Eles nos apresentam um panorama atualizado do tema do nosso Congresso: “Cada vez...

lacan21 22 de outubro de 2017

O campo ordinário

Nicolas Bertora. Mestrado ICdeBA-Unsam. Técnica: desenho. Anna Aromí e Xavier Esqué - AMP A psicose extraordinária está cada vez mais rara nos consultórios dos analistas. É fato. A neurose comprovando-se para si mesma também já não é tão frequente como era. Pouco a pouco, o campo do ordinário vai crescendo e a exigência diagnóstica também muda de tom. O elemento diferenciador Em uma época, para localizar-se na clínica, os psicanalistas buscavam o pai em cada novo paciente: se tinha tido ou não, se tinha operado e, se sim, com quais efeitos. O elemento diferenciador entre neurose e psicose era buscado...

lacan21 22 de outubro de 2017

A psicose ordinária 1

G.A. EOL- AMP. “A céu aberto” . Fotografia Éric Laurent - ECF - AMP Transcrição de uma entrevista realizada por Jacques Munier a Eric Laurent. J. Munier, um interlocutor informado e advertido da encruzilhada em que se encontra a psicanálise diante da reconfiguração atual do campo clínico, permite a E. Laurent expor as linhas de força que estruturam o referido campo e, a partir daí delinear com clareza os desafios com os quais deve se confrontar a psicanálise. Um tom reflexivo e com conhecimento do caminho percorrido pela psicanálise no século passado em pontos cruciais da clínica com a psicose,...

lacan21 22 de outubro de 2017

“Esses loucos normais...”

Mónica Biaggio. EOL- AMP. “O Sintoma”. Óleo sobre tela. Graciela Brodsky - EOL - AMP A pedido de Jacques-Alain Miller, M.-H. Brousse organizou em julho de 2008 um seminário anglófono sob o lema de “A psicose ordinária”. Nesse momento haviam passado dez anos desde que a expressão “psicose ordinária” fora pronunciada pela primeira vez no decorrer da Convenção de Antibes1. Em abril de 2018, quando se realizará o XI Congresso da Associação Mundial de Psicanálise que tem como título “As psicoses ordinárias e as outras, sob transferência”, terão passado vinte anos durante os quais a referência à psicose ordinária reordenou...

lacan21 22 de outubro de 2017

As loucuras violentas e o feminino Observatório da EBP – A violência e as Mulheres na América Latina

Mónica Biaggio. EOL- AMP. “Corporeidade ” Aquarela 4. Ondina Machado, Cristina Drummond, Patrícia Badari, Heloisa Caldas - EBP -AMP  Para a psicanálise a violência que envolve mulheres não pode ser reduzida à chamada violência de gênero, uma vez que a sexuação depende da forma como cada sujeito experimenta em seu corpo uma divisão entre um gozo reconhecido e um gozo Outro, rejeitado ou desconhecido. Essa divisão – traçada nas tênues bordas que permitem ao sujeito assumir, ou não, que ‘tem’ um corpo assim como se virar com ele – promove tanto defesas psíquicas sintomáticas como passagens ao ato inesperadas. Assim, corpos...

lacan21 22 de outubro de 2017

Beleza feminina: paixões e violências - O caso dos rostos profanados

Mónica Biaggio. EOL- AMP. Corporidade. Aquarela 3. Beatriz García Moreno – NEL- AMP Pode-se afirmar que a beleza relacionada com o feminino pode-se converter em um ideal a se possuir que incita não somente o desejo, mas também as violências que se enquadram dentro da ampla gama de crimes contra a mulher, que têm se manifestado nos últimos tempos. É o caso das mulheres cujos rostos foram queimados com ácido, prática frequente em países como a Índia e o Paquistão, e que, nos últimos anos, fez-se presente também na Colômbia, primeiro ligado à guerra, porém agora em tempos de queda...

lacan21 22 de outubro de 2017

A violência e as mulheres na América Latina Violência de gênero: uma investigação psicanalítica

Manoel Mota. EBP.AMP. Seção Rio de Janeiro. Jorge Chamorro - EOL - AMP 1 - Ideologia ou lógica: A lógica psicanalítica nos confronta inexoravelmente com uma questão sobre as categorias gerais que instalam a ideologia encarnada na violência de gênero, e que tem suas origens no movimento feminista. Esta lógica baseia-se na particularidade de cada sujeito e aponta para a captura da singularidade de cada um. Tal ideologia estabelece categorias gerais que encobrem toda a singularidade. Isso coincide neste ponto com o que Robert Musil, denomina o homem sem atributos. A Legislação orientada por esta ideologia naturalmente responderá a ela,...

lacan21 22 de outubro de 2017

Encontro da Rede IUFI: “Contribuições para a formação e investigação na Universidade a partir da Orientação Lacaniana”.

Gerardo Arenas. EOL- AMP. Sem Título. Fotografia. Gastón Cottino - EOL - AMP O primeiro  Encontro  rede IUFI foi denominado “Contribuições para a formação e investigação na Universidade a partir da Orientação Lacaniana”. A apresentação enfatizou a relevância da rede constituída por colegas ligados à FAPOL e as Escolas em diferentes Universidades da América Latina. Além disso, a Universidade é uma instituição de grande valor social, cultural, econômico e político. Daí a ênfase no caráter democrático e da potencialidade de nossa rede. Na primeira mesa, os trabalhos apresentados pelos cartelizantes foram: “O ensino da psicanálise na Universidade”, de Leonardo Rodríguez...

lacan21 22 de outubro de 2017

Encontro da Rede IUFI: “Contribuições para formação e pesquisa na Universidade a partir da Orientação Lacaniana: como a psicanálise contribui para o ensino e a pesquisa na Universidade?

Paula Husni. EOL- AMP “De plantas, flores e outras ervas.” I. Fotografia. María Victoria Clavijo NEL- AMP O primeiro encontro da rede IUFI foi realizado na EOL em 13 de setembro de 2017. Organizado em duas mesas, foram apresentados trabalhos livres de cartelizantes na primeira, e trabalhos da Rede na segunda. As mesas foram coordenadas por Gastón Cottino (Arg.) e Nohemí Brown (Br.). O primeiro trabalho, de Leonardo Rodríguez (Arg), parte da experiência docente na Faculdade de Filosofia da Universidade de San Juan e desenvolve a seguinte questão: como é possível introduzir o discurso analítico na prática universitária? O discurso...

lacan21 22 de outubro de 2017

RPA – Rede de psicanálise aplicada - “Tudo por fazer”

Ricardo Seldes RPA – Rede de psicanálise aplicada “Tudo por fazer” Ricardo Seldes - EOL - AMP ... Hoje, está prestes a enraizar-se na psicanálise uma rotina de uso, como Lacan  expressou que faz com que o efeito terapêutico seja o começo e o fim da disciplina, e inclusive sua justificativa. (...) dar esse caráter central à ação terapêutica nada mais é do que ceder ao que o mundo exige da psicanálise para seu próprio fim, para seus fins utilitários, para seus objetivos de governo. Caso contrário, estaríamos cedendo, abrindo as portas da cidadela psicanalítica e deixando que esse preconceito...

lacan21 22 de outubro de 2017

RUA - Rede Universitária da América

Natalia Ortiz. NEL – AMP. Santiago de Chile. “Encontro”, Fotografia com câmera analógica. Lúcia Grossi dos Santos EBP-AMP As duas mesas dedicadas aos trabalhos da Rede Universitária da América aconteceram na quarta-feira dia 13 de setembro em Buenos Aires. Tivemos uma primeira mesa cujo tema foi “O ensino da psicanálise na Universidade”, composta por Nieves Soria (EOL), Claudia Henschel de Lima (EBP) e Suzana Strozzi (NEL).A coordenação da mesa foi de Fabián Schejtman. Os colegas da EOL e da NEL trabalharam em suas intervenções as possibilidades de transmissão, os efeitos de divisão dos sujeitos pelo discurso analítico, a questão do...

lacan21 22 de outubro de 2017

O que a família ensina

Manoel Mota. EBP- AMP. Seção Rio de Janeiro. Clara Maria Holguin – NEL- AMP A família é uma solução, cada época inventa seus recursos. O assunto de família é o não familiar. As conversações e intervenções apresentadas no ENAPOL mostraram a diversidade necessária para se aproximar do “assunto”. As soluções enfrentam o real do gozo do Outro. A posição do analista, para estar a altura da época, mais do que pronunciar-se contra ou a favor de soluções, deve interpretar o real que o discurso lhe ensina para localizar ali o singular. Tal como demonstra a experiência não se trata só...

lacan21 22 de outubro de 2017

Que saldo de saber me deixou o VIII Enapol?

Manoel Mota. EBP- AMP. Seção Rio de Janeiro. Gustavo Stiglitz – EOL- AMP Em primeiro lugar, que o campo freudiano tem um ar de família e de uma família muito ativa. Tem ar de família porque, embora aloje colegas conhecidos, temas conhecidos, leituras conhecidas, é também o campo em que nós psicanalistas encontramos as contingências da vida na comunidade analítica com o que nunca terminamos de tratar. Como em uma família. Então, cada um, contingentemente em sua análise, descobre que tudo o que é familiar para ele em sua vida, abrange um núcleo de familiaridade perturbadora, índice de Um real,...

lacan21 22 de outubro de 2017

Toques de ressonâncias do VIII ENAPOL sobre a EBP

Alejandro Bilbao. UBA. “Distância”. Acrílico sobre tela. Fernando Coutinho Barros - EBP - AMP Para todos nós do Campo freudiano, o VIII ENAPOL foi bem além de ser mais um de uma série que já se faz esperada não somente pelos membros da EBP,  seus aderentes e correspondentes, mas também pelos alunos dos nossos institutos e pelo grande número de colegas de outras instituições psicanalíticas, que embora não tendo uma inscrição oficial em nosso Campo, participam com entusiasmo de nossas atividades, muitos deles, inclusive, servindo-se dessa frequentação como porta de entrada para um posterior ingresso à nossa formação, como membro....

lacan21 22 de outubro de 2017

O que ressoa entre escritos

Alejandro Bilbao. “A Criança”. Acrílico sobre tela. Heloisa Prado Rodrigues da Silva - Telles - EBP - AMP Alguns textos de Lacan, especialmente os datados de 1967, apresentados em Outros Escritos, podem ser tomados como uma série, não somente por estarem atravessados por temas comuns, mas, sobretudo, por permitirem uma leitura da posição de Lacan no que diz respeito a suas proposições para o analista e sua Escola e à psicanálise frente à civilização. Entrever isto provocou um entusiasmo em empreender uma leitura destes textos visando localizar e ampliar a interlocução existente entre eles. O entusiasmo que surge quando encontramos...

lacan21 22 de outubro de 2017

Situação da psicanálise e formação do psicanalista em 1956

Paula Husni. EOL- AMP. “Barco quieto”. Fotografia. “ queremos dizer com isso que a explicação deve ser buscada na situação da psicanálise mais do que na situação dos psicanalistas. Pois se podemos definir, de forma irônica, a psicanálise como o tratamento que se espera de um psicanalista, é, no entanto, certamente o primeiro quem decide da qualidade do segundo.” Ainda que o texto seja datado do ano de 1956, sua vigência é indiscutível. Trata-se da situação do psicanalista e da formação do analista para responder à pergunta inicial do texto: como se pode ser psicanalista. A ironia aponta à conformação...

lacan21 22 de outubro de 2017