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“Sin título”

Claudio Curutchet. (EOL/AMP) No hay esa palabra final no hay esas palabras finales pero eso , eso pasa no hay palabras para esa despedida para un último adiós para esa muerte anticipada para esa espera , allí donde mi deseo se precipita a una cita no hay un último algo no hay la palabra exacta o la palabra justa eso, eso pasa eso inventa y agujerea un horizonte finalmente opaco. eso , eso pasa ...

lacan21 24 de junho de 2022

Tinta íntima

Karynna M. B. da Nóbrega (EBP/AMP) Gostaria de saber expressar através da escrita o que sinto e vejo... Brincar com as letras dar voz e musicalidade ao silêncio através de versos e rimas... Devagarzinho, como quem cuida... Delicadamente conseguir dar forma ao nada como se estivesse me deliciando com chocolate ou me lambuzando com barro. É preciso construir algo com a tinta, a música, a arte, a letra, a poesia... Sinto-me impulsionada tomada e domada ao tentar escrever... As palavras não saem, elas apenas transbordam, escorrem através do meu ser... É algo que está lá e tem que aparecer...

lacan21 24 de junho de 2022

Entrevista a Valeria Erlijman

Graciela Allende (EOL/AMP) — Beatriz García Moreno (NEL/AMP) Valeria Erlijman é psicanalista, estudou no ICdeBA – Instituto Clínico de Buenos Aires, trabalha como psiquiatra no PAUSA, “Psicoanálisis Aplicado a las Urgencias Subjetivas de la Actualidad”. É artista visual e fotógrafa. Neste número de Lacan XXI, damos lugar à fotografia e sua relação com a psicanálise. Por isso a contactamos, para que nos transmita algo de sua experiência. LXXI — Valeria, seu percurso pela arte e sua relação com a psicanálise nos levou a te convocar para contribuir com esta nova rubrica sobre Psicanálise e Arte em Lacan XXI. Neste número,...

lacan21 24 de junho de 2022

LACAN SONHA COM JOYCE

Ana Lúcia Lutterbach Holck (AME EBP/AMP)  O incrível é que Joyce – que tinha o maior desprezo pela história, com efeito fútil, qualificada por ele de pesadelo, e que se caracteriza por despejar sobre nós as palavras grandiosas que nos fazem tanto mal – só conseguiu encontrar essa solução: escrever Finnegans Wake, ou seja, um sonho que, como todo sonho, é um pesadelo, ainda que seja um pesadelo moderado. Com a diferença, diz ele, e é assim que é feito esse Finnegans Wake, de que o sonhador não é nenhum personagem particular desse livro, mas o próprio sonho.. Antes um...

lacan21 24 de junho de 2022

O que está acontecendo com a democracia?

Carlos Márquez (NEL/AMP) Primeira afirmação: A democracia não é eletiva nem tem alternativa. Não é possível antepor outro estado de coisas que, por sua suposta força, eficiência, estabilidade ou justiça, chegue a ter proeminência sobre ela. Tampouco é equivoca: é a maneira como se realiza a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este não é um simples instrumento jurídico que serve como orientação moral, mas constituem o tecido mesmo da subjetividade contemporânea; o patamar de semblante que se reforça com cada brilho de dignidade, ou de ausência dela; é o material no qual se enredam os sintomas dos falantes contemporâneos e,...

lacan21 24 de junho de 2022

Autorizar outro discurso

Marcela Almanza (AE NEL/AMP) A prática da psicanálise no século XXI nos confronta, nesta época que podemos nomear como de post pandemia, a um progressivo retorno da circulação dos corpos na cidade e a vislumbrar os efeitos que dali se desprendem. Dar lugar a esta nova volta do presencial nos diversos âmbitos relacionados ao laço social (e que logicamente também se relacionam com o funcionamento do dispositivo analítico) deixa entrever, por suas sutilezas, aquilo que retorna e faz sintoma para cada ser falante, ali onde decanta o modo singular de atravessar a experiência quando esta é lida no enclave analítico....

lacan21 24 de junho de 2022

A opacidade, ponto de ruptura na história

Flávia Cêra (EBP/AMP) Há uma tese sobre a filosofia da história de Walter Benjamin que diz o seguinte: “articular historicamente o passado não significa conhecê-lo “como ele de fato foi”. Significa apropriar-se de uma reminiscência, tal como ela relampeja no momento de um perigo”. A reminiscência, ao contrário da rememoração, não se reencontra no simbólico e não permite que um sujeito faça uma verdade da sua experiência, como diz Miller. A reminiscência não se encadeia, é a interrupção do texto porque não está em relação com o Outro. Nunca estão muito bem situadas e enquadradas na trama, são imemoriais e...

lacan21 24 de junho de 2022

Adolescência do século XXI

Silvia Ons (AME EOL/AMP) Maitê consulta depois de uma decepção amorosa que a afastou de um grupo do qual havia se aproximado por sentir-se diferente das demais meninas. Se define como bissexual, esteve com meninos, mas lhe atrai mais o sexo feminino e seu interesse por pertencer a esse grupo consiste em identificar-se com seu nome: “os discrepantes”. Esse grupo reúne trans, gays, não binários, bissexuais, todos unidos sob o preceito do “poliamor”, ideologia que se molda na ideia de que tudo flui, o Universo é um constante suceder que não permite “fixar-se” a um lugar nem a uma pessoa....

lacan21 24 de junho de 2022

“O despertar entre gadgets e tóxicos. Uma questão da época?

Gustavo Moreno (EOL/AMP) A irrupção pulsional coloca a prova as respostas que, na infância, foram estabelecidas diante da dimensão parcial e autoerótica do pulsional. Se algo caracteriza a época, como Jacques-Alain Miller soube indicar, é a “subida do objeto a ao Zênite social”, que se apresenta como um parceiro privilegiado, tanto o tóxico, em sua intervenção desde o real, quanto o gadget, em seu status de cônjuge dileto do corpo falante. A questão a ser desenvolvida é se a presença precoce deles produz alguma particularidade para a época, tendo como referência as modalidades atuais de resposta. Miller se pergunta: “O...

lacan21 24 de junho de 2022

A máquina de moer gente

Helenice de Castro (EBP/AMP) Encontro em A terceira a proposição de Lacan de que “as palavras introduzem no corpo algumas representações imbecis”. O impacto dessa asserção me remete imediatamente a questão do racismo no Brasil. Como nos adverte Silvio Almeida, apesar de hoje ter se tornado lugar-comum a afirmação que tanto a antropologia como a biologia do século passado demostraram a inexistência de fatores biológicos ou culturais que justifiquem um tratamento hierarquizado dos diversos sistemas morais, culturais, religiosos e políticos, a noção de raça prossegue sendo utilizada para velar desigualdades e legitimar a segregação de grupos raciais historicamente discriminados, como...

lacan21 24 de junho de 2022

Das tribos urbanas ao bigodinho do Führer. Existe outra opção?

Oscar Zack (AME EOL/AMP) Atualmente, observa-se como emergem movimentos sociais que se caracterizam por um viés contestatório e reivindicativo que são, entre outras coisas, a consequência do declínio do Nome do Pai. Estes movimentos abriram as portas para o advento de novos modelos associativos, questionadores das identificações tradicionais e, ao mesmo tempo, foram promovendo novos vínculos entre sujeitos com identificações lábeis. Assim, as novas comunidades de gozo, as tribos urbanas, compartilham formas estético-políticas, sustentando-se em identificações imaginárias que aspiram ao semelhante. Estão, entre outros, os punks, promotores da anarquia, os skinheads e seu gosto pelo nazismo, os Emos que gozam...

lacan21 24 de junho de 2022

Os laços entre a língua e o gozo… apostamos na liberdade da palavra?

Susana Dicker (AME NEL/AMP) Nos tempos que correm Violência, ameaças renovadas de guerra entre os países, falta de garantia dos Estados- em particular com relação à justiça-, ditaduras com disfarce democrático, o fenômeno da migração a nível mundial, o narcotráfico, o isolamento devido à pandemia de Covid 19, a hiper vigilância encarnada, em particular na “vigilância” digital, e, ainda, a “toda-liberdade”- imaginário que passa ao ato com o desfalecimento do Nome do Pai- abrem espaço para a angústia e para a concomitante crise nos “cidadãos do mundo”. “De fato, quando os semblantes de uma época começam a desmoronar, tudo pode...

lacan21 24 de junho de 2022

Multiplicar os circuitos da Segregação <em> Wokismo</em> e Cultura do Cancelamento

Jorge Assef (EOL/AE AMP) No curso ministrado com Éric Laurent, intitulado O Outro que não existe e seus comitês de ética, Jacques-Alain Miller advertia sobre os sintomas da civilização deverem ser, primeiro, decifrados nos Estados Unidos. Nesse sentido, tanto o Wokismo enquanto movimento sociocultural de protesto, como as estratégias das que se vale a proveniente “Cultura do cancelamento” poderiam ser pensadas como sintomas de nossa civilização, nascida nas entranhas da cultura norte-americana e, de lá, expandem-se por diferentes lugares do mundo. O “Wokismo” surgiu na raiz do movimento Black Lives Matter nos EUA. Chegou para se referir àqueles que estão...

lacan21 24 de junho de 2022

Interessa o <em>woke</em>?

Gustavo A. Zapata M. (NEL/AMP) O termo coloquial woke (e seu par stay woke), ainda que sua origem corresponda à década dos 40, marcada pela luta pelos direitos civis dos afro americanos, foi acrescentado à língua inglesa em 2017, vindo da língua vernácula Afro-Americana na qual era usado em lugar de awake, e para referir-se à consciência social (social awareness). Chegou nesse ponto, segundo hipótese do Merriam-Webster, seguramente por seu uso na lírica de uma canção da cantora e compositora afro-americana, ativista pelos direitos civis e contra o racismo nos EUA, Erykah Badu. Tratava-se então de um chamado a permanecer...

lacan21 24 de junho de 2022

A polícia do pensamento

Ricardo Seldes (AME EOL/AMP) Uma escola no sentido antigo era um agrupamento de gente ao redor de alguém que bem pensava, que podia fazer uma transmissão e provocava o que chamamos de transferência. Assim, pode ser referida como uma confiança em termos de saber e definir-se como um conjunto de pessoas que seguem um ensino, referem-se a um lugar e a um mestre que deu sua orientação. Um lugar com liberdade. É anterior ao sistema chamado universitário cuja relação com o saber é chave, mas bem diferente. Lacan cria quatro discursos onde utiliza o saber como uma das peças da...

lacan21 24 de junho de 2022

Editorial Lacan 21 nº12

Iordan Gurgel  AME EBP/AMP Esta edição de LACAN XXI é um numero especial, por representar o término de um ciclo de trabalho que se conclui com a permutação do Bureau da FAPOL (em 25 de junho de 2022) e, em consequência, do staff da nossa revista.  É também especial porque abrange, com o tema, As vicissitudes da psicanálise no século XXI, o momento social que vivemos com as agruras das ameaças do autoritarismo que permeia os governos e a cultura da América Latina. Para tanto, convidamos colegas membros das três Escolas para trazerem suas reflexões no contexto da consigna, ‘A...

lacan21 24 de junho de 2022